Org: Clube do Caracol
Exposição "Um caracol, vários artistas" - Little Rascals,SL
Org: Clube do Caracol
Perfil: Paulo Sol
Local de Nascimento: São Paio de Oleiros
Reside em: São João da Madeira - Portugal
Actividade Profissional: Web designer
Passatempos: Snooker e ler
Filme Favorito: Aonde é que pára a polícia?
Escritor Favorito: Philip Kerr
Preferências Musicais: Tool, Stone Temple Pilots, etc
Mensagem: O caracol não é lento, curte a vida nas calmas!
Contacto: sol.paulo@gmail.com
Cavalhadas de Vildemoinhos
No dia 24 de Junho de 2012 realizou-se mais uma edição das Cavalhadas de Vildemoinhos.
Uma tradição que acontece há três séculos e meio, e que teve origem numa promessa feita a S. João pelos moleiros de Vildemoinhos, após terem ganho uma disputa pela água que fazia mover os seus moinhos.
Todos os anos, o desfile de cavaleiros e carros alegóricos sai para as ruas de Viseu.
Este ano, a mãe natureza foi um dos temas do cortejo e aqui destacamos o vencedor do 2º prémio, um caracol patrocinado pelo palácio do gelo.
Cascata do Caracol

Para apreciá-la existem diferentes formas, mas nós escolhemos um passeio de teleférico e a descida até um mirante onde é possivel ver os 130 metros de queda livre, inserido em uma área de 59 hectares de preservação onde a natureza é bela e abundante.
Esse é realmente um passeio imperdível para quem visita a Serra Gaúcha.
Texto: Geslie Fernandes
Foto: Juvenal Costa
Perfil: António Cunha

Local de Nascimento: Porto - Portugal
Reside em: Miragaia - Porto
Actividade Profissional: Técnico Serigráfico
Passatempos: Ler, Viajar, Pintar, Desenhar... enfim, procurar viver a vida da melhor maneira possivel
Filme Favorito: Não tenho favorito
Escritor Favorito: Fernando Pessoa, Agustina Bessa-Luís, Augusto Gil...
Preferências Musicais: Yes, Pink Floyd...
Mensagem: O Caracol é o melhor elixir para o AMOR. Entre eles nunca existem guerras!
A Casa Amarela

Esta história de encantar fala-nos de 40 caracóis. Pois é! 40, nem mais! E para teres uma ideia o mais novo destes caracóis, é uma menina e tem 60 anos de idade. Mas a menina caracol mais brincalhona tem 90 anos! Podes estar surpreendido/a, mas para brincar não há idade! Esta, é também uma história de trabalho, de conquista e de amizade, tenho a certeza que ias perceber isto, se vivesses na casinha Amarela. Com a idade a concha que cada um de nós carrega, faz-se pesada e é cada vez mais difícel de aguentar os músculos, às vezes é mesmo necessária uma bengala, os olhos também vêem pior e são precisos óculos. O frio está sempre á espreita e é preciso agasalho! Os músculos enferrujam. Mas para brincar a única coisa necessária é ter um espírito jovem e claro, ter amigos! Já reparas-te que há meninos que nunca brincam? Eu sim, já conheci muitos meninos tristes e zangados. Mas a casa Amarela é mágica e todos os caracóis que lá vivem gostam de brincar, partilhar, sorrir e ajudar-se uns aos outros a empurrar a carapaça e a idade! Porque a idade pesa, sabiam?
Cada um de nós é como um caracol, não sei se já tinhas pensado nisso! Mas nós também transportamos coisas! Transportamos as nossas recordações, as emoções, e no coração, os amigos e a família. Essas coisas que transportamos são como que a nossa casa emocional, que dá sentido à nossa vida, dá-nos conforto. E podemos partilhar essas ideias, sonhos, emoções e memórias com os nossos amigos. Ora é exactamente isso que os caracóis que vivem na casa amarela fazem, não é maravilhoso!? As casas servem para abrigar, para guardar, mas também para receber os nossos amigos, já tinhas pensado nisso?
Ora os meninos e as meninas caracóis que vivem na Casa Amarela, são muito trabalhadores e criativos, fazem coisas lindas com todo o material que foram armazenando ao longo da vida, e com isso fazem festas, dançam, fazem histórias e vão de casa em casa, partilhar estas alegrias com outros caracóis. E é por isso que se tornaram heróis da amizade, e vão treinando os músculos e a amizade... e assim, cada casinha anda em festa e se torna mais levezinha!
Até à próxima, e não te esqueças de cuidar da tua Casa Amarela!
Texto: Ana Paula Cordeiro e Mariana Selva
Ilustração: António Cunha
Vizela Cittaslow

Cittaslow é um movimento fundado em Itália em 1990 e o seu príncipal objectivo é promover a harmonia entre as cidades e as pessoas.
Vizela assume assim o compromisso de:
- Proteger o ambiente
- Preservar os espaços
- Divulgar os seus produtos
- Apostar nos eventos culturais
O Clube do Caracol deseja o maior sucesso à nova realidade de Vizela.
Caracóis

A cortina cinzenta e fria deste Outono recorta-se bem na penumbra da melancolia desejada.
A Agonia dos violinos instala-se no olhar para além da janela.
Visto-me. Saio.
Marco-me em vulto na pequena cidade deserta a horas de jantar.
Cai o cenário em tecido de noite e é a hora da solidão maior. Espreito o interior das casas e o conceito familiar que me é estranho. Uma terrina de sopa fumegante, a mulher e a criança e eu ausente. Alguém está no meu lugar.
Recolho-me por opção nos passos, um e depois outro, em frente, sempre em frente, mesmo que inverta o destino.
Procuro no bolso a garrafinha de líquido ardente, estalo a boca, puxo um cigarro.
Os olhos, o brilho dos meus olhos, fazedor de histórias, renovam a promiscuidade da esperança, que um dia consiga deixar de pensar em mim e me atende mais ao mundo.
É então que os vejo, inocentes, bebedouros do espanto, crentes de qualquer luz, desprezando medos ancestrais e conselhos sábios dos avós, na euforia da esquina. Mala às costas, aligeiram-se sem despedidas, em busca de...
Botas gigantes ao alto, gritos sem boca, olhar apressado no compromisso, o mundo em volta do umbigo, e a vida ao lado da vida sem vida, lágrima sem rosto onde rolar.
Vejo-os na ambiguidade da minha descrença, a pequenez da fragilidade e assumo-me superior e responsável pela preservação da espécie e da dor da desigualdade. Cada um tem um nome, cada um é um e são tão ou maiores do que eu e arremesso-os de novo para os nichos das ervas, no sonho ridículo de um cristo.
Hoje, prolonguei a vida a sete caracóis, agora que os mesmos atinem e façam a inversão de marcha, porque amanhã posso não passar aqui.
Texto: Valdemar Santos
Ilustração: Mariana Selva
Caracol

Lento no seu andar
Lento na sua corrida
Sem nunca desanimar
Vive durante a noite
Já que o sol o faz adormecer
Olhamos para aquele molusco
Sem nunca o temer
O silêncio é a sua arma
e é de noite que vigora
Devagarinho vai andando
e são aos milhares por aí fora!
Texto: Manuel Barbosa
Foto: Jorge Costa
O Caracol e a "Garden Party"

A um caracol namoradeiro

com a casquinha ao luar
deita a antena, ladino,
quando eu o vou chamar.
Sobe ao beiral da janela
para me vir cumprimentar
como quem diz "olha ela!"
com as antenas no ar.
Vai lá meu caracolito,
que tu queres é namorar,
vai ser o bom e o bonito
ver os dois a encasquinar.
Alexandra Malheiro (poema inédito)
www.alexandramalheiro.no.sapo.pt
O Lucas é um molengão!

O caracol Lucas dormia a sua sesta debaixo de uma sombra, quando os seus amigos, Óscar, o pequeno lagarto, e o Leonardo, o grilo, o desafiaram para jogar às escondidas.
Lucas era molengão e não conseguia acompanhar o ritmo dos seus amigos. Mas, com a chegada dos primeiros pingos de chuva, tudo mudou...
A edição é da editora Zero a Oito e a ilustração de Agathe Hennig.
Perfil: Vanuza Betin

Local de nascimento: Piracicaba - SP - Brasil
Reside em: Piracicaba
Actividade profissional: Dona do lar
Passatempos: Passear com a família
Filme favorito: Dirty dancing
Escritor favorito: Içami Tiba
Preferências musicais: Romântica, rock, sertanejo e pagode
Mensagem: Estava no jardim de minha casa, quando um caracol apareceu, ele era tão lindo que tudo no meu mundo se esclareceu.
Foto: Piracicaba, Brasil 2010, por Vanuza Betin
Exposição "Paulo Fontes and Friends"

18 de Junho a 11 de Julho de 2010 na Casa da Cultura de Lourosa
Exposição de artes plásticas e outros eventos culturais.
18 de Junho - Inauguração da exposição " Paulo Fontes and Friends"
Artistas plásticos: André Jesus, Armando Rosendo, Fernanda
Freire, Jorge Costa, Marta Cordeiro, Milay, Nuno Rosendo, Paulo Fontes e Rui Alexandre.
Animação de fogo por Eurico Mateus e actuação dos Neosiege.
19 de Junho - Exposição "Paulo Fontes and Friends"
20 de Junho - Apresentação do livro "Viagem ao tecto do mundo - O Tibete desconhecido " por Joaquim Magalhães de Castro.
25 de Junho, 21h30 - Eduardo Roseira apresenta: "Palavras vivas" - stand-up poetry - para maiores de 16 anos.
26 de Junho, 21h30 - (In)ventos literários, com Lurdes Breda, Ana Paula Mabrouk, Isabel Rosete e carlos Maduro.
27 de Junho - Exposição "Paulo Fontes and Friends"
2 de Julho - Apresentação do livro "Luz Vertical" por Alexandra Malheiro.
3 de Julho - Exposição "Paulo Fontes and Friends"
4 de Julho - Exposição "Paulo Fontes and Friends"
9 de Julho - Exposição "Paulo Fontes and Friends"
10 de Julho - Exposição "Paulo Fontes and Friends"
11 de Julho - Encerramento
O Clube do Caracol está representado com sete trabalhos a pastel de óleo de Jorge Costa.
Mais informações em: http://www.paulofontes75.blogspot.com/
Apareçam!!!
Exposição "Um caracol, vários artistas" - Lourosa

Perfil: Jorge Costa

O Caracol em busca da casca perdida

Gostava muito das hortaliças frescas que cresciam à beira do rio. Logo após uma boa refeição deixava, temporariamente, a sua casca para se refrescar e lavar a barba. Este era um dos melhores momentos do dia! Dava alguns mergulhos para refrescar o pensamento e aproveitar o bom tempo, pois o Inverno não tardaria.
Certo dia, atraído pela movimentação dos coloridos insectos, deixou-se levar pela correnteza já fria, ao encontro de sítios desconhecidos. A aventura foi tão inesperada que o deixou desorientado.
A preocupação não durou muito, porque o lugar onde chegou era muito bonito, apesar de nebuloso, e o incentivou a um curioso passeio. Estava distante de tudo o que conhecia e tinha frio. Depois de muito andar, lembrou-se da sua casca. Deveria encontrá-la com urgência, pois fazia-se noite e não gostaria de dormir desabrigado.
As noites nos bosques são frias e húmidas.
Decidiu procurar a casca, mas também pensava em encontrar um sítio seco e protegido para passar a noite, caso não encontrasse a sua pequena casa. Para sua surpresa o que encontrou foi um caracol muito grande! Assustou-se! Era uma caracoleta!
Uma caracoleta é bem maior que um caracol. Como se a superioridade do seu tamanho não bastasse, a caracoleta olhou o pequeno caracol com desprezo. Julgara estar em presença de uma lesma e sentiu nojo daquele ser insignificante e amolecido pelo desânimo.

Depois de trocar algumas impressões, a caracoleta compreendeu estar diante de um semelhante. Então, resolveu ajudá-lo a recuperar a sua casca perdida. O bosque já estava escuro, a pouca luz existente vinha dos raios de luar que passavam por entre as folhas das árvores.
Andaram muito e, quando já pensavam em desistir, surpreenderam-se com muitas cascas arrumadas, umas ao lado das outras. Olharam-se admirados, andando por entre as cascas estacionadas, quando ouviram sons e avistaram luzes de festa numa determinada direcção. Era uma festa de caracóis!
Eles dançavam e divertiam-se para comemorar a época das chuvas. As chuvas deixam o solo fresco para fazer crescer plantas verdes e os caracóis até saem da terra de contentes!
A alegria, de algum modo, abrange todas as criaturas, ainda que nem todas possam captar o seu significado. Nestes momentos, um caracol sabe como é bom estar vivo e ser um caracol.
Esqueceram o problema da casca perdida e resolveram juntar-se, partilhando a dança e os festejos com a comunidade de caracóis. Na festa, o caracol e a caracoleta puderam conversar e saber um pouco mais um do outro.
A festa estava animada, os caracóis eram simpáticos, mas os dois reflectiram que era necessário pensar na casca perdida e encontrar uma solução.
Quando há amizade nasce a generosidade e nem os caracóis ficam incólumes. Agora que eram amigos, a caracoleta convidou o caracol a habitar a sua casca. De modo que, quando um descansava dentro da casa, o outro estava por perto, do lado de fora. Estavam alegres com a partilha alternada.
Até que, de facto, chegaram as chuvas. Para além de deixarem as plantas bem verdes, as chuvas serviam também para unir ainda mais os amigos dentro da mesma casca, ao mesmo tempo.
O caracol e a caracoleta compreenderam que ter amigos é mais importante que uma simples casca!
Autora: Maria Salles
Ilustração: Inês Caetano
Exposição "Um caracol, vários artistas" - Castelo de Paiva
Exposição Colectiva de Pintura
Dr. Perlimpimpim

O conto do qual faz parte este Sr. Caracol chama-se “Dr. Perlimpimpim – médico da bicharada” e lembra-nos, entre outras coisas, a importância da biodiversidade dos ecossistemas, direitos e cuidados a ter com os animais e os problemas causados pela poluição.
Esta é uma história divertida e muito educativa, que decorre num jardim chamado Jardim do Cogumelo. Chama-se assim porque aí existe um cogumelo gigante, no qual vive um velho médico – o Dr. Perlimpimpim, que zela da saúde de todos os habitantes e amigos desse jardim.
Entre outros utentes, o Dr. Perlimpimpim cuida do Sr. Caracol, que chega ao seu consultório com uma alergia que lhe provoca muito mau estar. Ao qual o Dr. Perlimpimpim responde:
“Deve ser dos pesticidas
Que por aí andam a pôr.
Vai tomar estas gotinhas
À base de chuva pura…
Passa-lhe já o ardor.”
E assim vai o Sr. Caracol para casa…devagar…devagarinho…
Pois, com certeza vai ficar bonzinho!
Uma história a ler e reler:
Doutor Perlimpimpim – médico da bicharada, Col. Histórias no Jardim-de-infância de Lurdes Custódio, edições Âmbar – colecção giroflé.
Texto e foto: Clube do Caracol
Perfil: Alan Santos

Local de Nascimento: Brasilia - Brasil
Residência: Ceilândia
Actividade profissional: Área Administrativa de Hospitais
Passatempos: Ler, desenhar e jogar RPG
Filme favorito: Quem somos nós
Escritor favorito: Marcelo Hipolito
Preferências musicais: Medieval e Melancolic
Mensagem: Sempre lentamente, o caracol segue em frente, superando barreiras e dificuldades tranquilamente.